terça-feira, junho 07, 2011

O LARANJA DO PALOCCI


Acusado de enriquecimento ilícito o ministro da casa civil Antônio Palocci, perdeu sustentação, sem o apoio de seu partido o PT. O então mais poderoso auxiliar de Lula traz um histórico bem contingente, em 2006 foi acusado de manter festas com prostitutas e onde, os indícios apontavam intermediações de negócios de empresas privadas com órgãos públicos, mas nada foi provado e o ministro ganhou uma segunda chance.
Cinco anos depois a história se repete, com o noticiamento da Folha de S. Paulo, que em 2010, ele havia comprado um apartamento de 500 metros quadrados nos Jardins, bairro nobre paulistano, por 6,6 milhões de reais e no ano anterior, uma sala comercial na mesma região por 882 000 reais. Com esses imóveis o patrimônio de Palocci multiplicou-se 25 vezes desde de 2006. Com um salário de 16 500 reais como deputado, ele viu-se na contingência de ter que explicar tamanha evolução patrimonial.
Mais tarde para causar mais um constrangimento ao ministro a revista Veja noticiou outro dado particular da sua vida, o apartamento que ele mora também em São Paulo ainda maior do que foi citado anteriormente com 640 metros quadrados, em Moema, nas mediações do Parque do Ibirapuera, área igualmente nobre da cidade. A assessoria do ministro informou que ele paga o aluguel. Mas como isso é possível se imobiliárias que administram unidades vizinhas à de Palocci informaram que o valor médio da locação naquele prédio é de 15 000 reais.
Toda essa história traz detalhes ainda mais impressionantes, o apartamento no qual Palocci mora pertence à Lion Franquia e Participações Ltda. Esta empresa por sua vez está registrada em nome de dois sócios ou melhor dois LARANJAS: Dayvini Costa Nunes, com 99,5% das cotas, e Filipe Garcia dos Santos, com 0,5%. Sendo que o primeiro tem apenas 17 anos e só foi emancipado no ano passado, ganha 700 reais por mês e ainda é sustentado por sua mãe, uma professora da rede pública de ensino e o segundo tem 23 anos, é representante comercial, mora em um casebre de fundos na periferia da cidade de Mauá, no ABC paulista. Fica agora a pergunta. O que os nossos representantes vão fazer com todos esses fatos?

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