quinta-feira, maio 26, 2011

KIT ANTI-HOMOFOBIA



Terreno democrático por excelência, a internet se transformou em púlpito para os que apóiam e para os que repudiam o kit, que ganhou a pecha de "Kit Gay".

Visando a educação de jovens contra a homofobia, o MEC criou o chamado "Kit Contra Homofobia" composto de três vídeos e um guia de orientação aos professores que deverá ser enviado a seis mil escolas de ensino médio no segundo semestre de 2011, o material didático, contém cartilha, cartazes, folders e cinco vídeos educativos. Os vídeos têm duração em média de cinco minutos e tratam dos temas: transexualidade, bissexualidade e a relação de duas meninas lésbicas.

 O debate está mobilizando redes sociais, blogosfera e até virou tema de abaixo-assinados virtuais contrários e favoráveis ao material, as opiniões se dividem, por um lado temos manifestações como á do deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) distribuindo panfletos criticando a proposta do MEC, e intitulando o material como “Kit gay”, alegando que o MEC e grupos LGBT "incentivam o homossexualismo" e tornam "nossos filhos presas fáceis para pedófilos". Por outro lado temos a UNESCO que aprova o kit, com um parecer favorável, de acordo com o representante da entidade no Brasil Vincent Defourny, "os materias do Projeto Escola sem Homofobia estão adequados às faixas etárias e de desenvolvimento afetivo-cognitivo a que se destinam" e colocou também que o kit serve como ferramenta para estimular processos de formação continuada de profissionais da área, tomando-se como referência as experiências que já vêm sendo implementadas no país de enfrentamento ao sofrimento de adolescentes, lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, travestis e transgêneros".
Essa discussão está longe de acabar, frentes religiosas, parlamentares, educadores, pais, alunos, grupos LGBT, enfim todos os envolvidos se posicionam de um lado agindo de acordo com os seus valores e interesses, e se esquecem do principal, combater o Bullying dentro das escolas. Mas será que o caminho é esse, distribuir um material que trata do assunto abertamente para adolescentes que ainda estão em formação, sem uma orientação concreta no seu dia a dia sobre o tema, ao invés de gastar o dinheiro público na confecção desse material, poderia reciclar esses educadores ensinando-os a lidarem com esse problema dentro do ambiente escolar e o principal, se manterem atentos aos que discriminam e aos que são discriminados, pois se perceberem que um aluno exclui o outro por ser diferente, têm-se condições de intervir na situação, dinamizando esse problema tão decorrente dentro das nossas instituições.

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